quarta-feira, 9 de agosto de 2023

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA UNIVERSIDADE

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS VIRGILIO PEREIRA DOS REIS PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA UNIVERSIDADE Manaus 2006 RESUMO Este artigo aborda de forma objetiva e concisa os aspectos que caracterizam e os que envolvem a produção do conhecimento considerando a Universidade como a principal responsável por essa atividade. Como produzir e o que é o conhecimento assim como as dificuldade e ideologias que envolvem seu controle tanto sobre o que já se conhece quanto sobre o que ainda se pesquisa, são enfoques importantes que esclarecem que o conhecimento foi e continua sendo uma arma utilizada para subjugar e manter o status quo das classe dominantes da terra. Alertando para a necessidade do desenvolvimento do saber de si que é o que permite a utilização do conhecimento tecnológico de forma ética priorizando o respeito, a igualdade, a paz e, por fim, a felicidade. Vida eterna e feliz é o que todos os homens esperam que os conhecimentos de si, do outro e da realidade lhes agraciem. Essa quase utopia demanda muito trabalho e a Universidade é importante nessa batalha. A Educação como um todo, não apenas a Universidade deve priorizar o conhecimento de si em relação ao conhecimento profissional para que o conhecimento se torne um instrumento na construção de um mundo melhor e não uma arma para a dominação dos que o ignoram. Palavras-chaves: UNIVERSIDADE, CONHECIMENTO, IDEOLOGIA, EDUCAÇÃO. PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA UNIVERSIDADE Para abordarmos a produção de conhecimento na Universidade é imperioso que primeiramente demos um passar de olhos sobre o que é conhecimento científico e ciência, como se desenvolveram e quais fatores os direcionam. O conhecimento, que é a faculdade que temos para distinguir nossa realidade do todo é a ferramenta que nos permite melhor utilizar os recursos da natureza, estando o homem incluído nesse contexto, para que a vida humana possa ter uma qualidade tal que seja possível assemelhar-se a um estado de viver com felicidade. Viver feliz e para sempre são, no fundo de todas as aparências e devaneios, as verdadeiras razões que fazem com que o trabalho e a busca do conhecimento sejam os objetos de obsessão constante do ser humano. Desde a Grécia antiga, antes mesmo de Sócrates, os filósofos já procuravam esclarecer mais sobre o recorte da realidade que conheciam e procuravam ampliar esse recorte no sentido de buscar a universalidade, que é, por sinal, uma das características da Filosofia. “Todos os homens tendem, por natureza, ao saber” (COUTINHO E CUNHA, 2004, p. 11) dizia Aristóteles em sua Metafísica. No século XVI o racionalismo de René Descartes aliado ao empirismo de John Locke, contando com a anuência de todos os que aderiram às suas linhas de pensamento foram os iniciaram a progênie da Ciência tal qual a conhecemos hoje. Esta, ao desmembrar-se da Filosofia, se preocupava mais com um recorte da realidade onde os parâmetros estabelecidos pudessem ser comprovados; especificamente nas ciências naturais. Posteriormente, com as ciências humanas, as argumentações lógicas e suas capacidades de refutar inverdades, passaram a ser suficientes para se aceitar uma teoria como verdadeira, pelo menos até prova em contrário. A Ciência, assim como a Filosofia, busca a generalização, a universalidade, e por isto seu conhecimento não pode ser taxado como definitivo porque a qualquer instante nova informação anteriormente não percebida é incorporada ao saber e isto altera toda a estrutura já formada do conhecimento em questão. Por estarem o conhecimento e o saber em contínuo desenvolvimento é preciso nos basearmos em seus limites atualmente estabelecidos para regrarmos nossa realidade. O conhecimento até hoje estabelecido, em todas as áreas, é passível de alterações, para isto basta a identificação/constatação de uma nova evidência. Segundo nosso dicionarista Aurélio evidência é a qualidade do que é evidente; certeza manifesta, é o caráter de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade. (AURÉLIO, 2005). As carências humanas, principalmente as psíquicas, são inúmeras e a Ciência e a Filosofia não conseguem meios de suprir todas elas, também possuem valor o conhecimento mítico e o decorrente do senso comum (aparente) que tentam preencher parte dessas lacunas. Restringindo esse enorme campo, este trabalho tem como propósito analisar apenas a produção de conhecimento na Universidade e por isto os demais segmentos não serão abordados. Luchesi afirma que “A ciência tem por objetivo estudar e esclarecer as ocorrências do universo enquanto acontecimentos factuais” (LUCHESI, 1997, P 70). Com objetividade vamos identificar primeiramente o que nos motiva a produzir continuamente novos conhecimentos. O início de tudo está na carência que pode ser física ou psíquica. A fala de Coutinho e Cunha a seguir deixa essa colocação vem clara: Toda atividade de construção de conhecimento, seja ele o conhecimento sobre a natureza, sobre o comportamento do homem ou sobre a sociedade, tem sempre um ponto de partida: necessidade, um interesse, uma expectativa, um desejo, uma curiosidade, um questionamento, uma pressuposição, uma indagação, um preconceito ou uma teoria (COUTINHO e CUNHA, 2004, p.11). Vimos que motivos para buscar o conhecimento não nos faltam, é difícil acreditar que exista no mundo algum sujeito que não possua nenhuma necessidade insatisfeita. Como primeiro passo vamos nos posicionar diante da realidade da qual fazemos parte esclarecendo que o senso comum, ou seja o saber aparente, na maioria das vezes não corresponde a uma verdade resultante de uma análise mais crítica e detalhada, portanto, o conhecimento científico vem de encontro a essa necessidade humana e segue procurando estabelecer a verdade mais próxima possível de entender e descrever a realidade. As ciências possuem três características básicas que são: • Objetivo e finalidade - onde se procura distinguir as características comuns, as leis e os princípios que regulam os eventos; • Função – Que consiste em ampliar e aperfeiçoar a relação do homem com a realidade através do conhecimento, e; • Objeto – que pode ser material, ou seja, tudo o que se puder conhecer e verificar, ou formal, que consiste nos diversos enfoques que cada ciência em particular dá ao mesmo objeto. A grande variedade e complexidade dos fenômenos estudados, onde fenômenos nada mais são do que fatos percebidos pelo homem, levou a subdivisões e especializações em diversas ciências. Essa diversificação começou com Augusto Comte que a dividiu primeiramente em formais, compostas pela lógica e pela matemática e as factuais que subdividiu em dois grupos: as naturais, com a física, a química, a biologia e outras; e as sociais como antropologia cultural, direito, economia, política, psicologia social e sociologia. A diferença fundamental entre os dois grupos está no objeto de estudo, as ciências formais estudam as ideias e as factuais, como o próprio nome diz, os fatos. Diz Lakatos que “As formais, como não se relacionam com os fatos da realidade, não podem se valer dos contatos com essa realidade para convalidar suas fórmulas” (LAKATOS, 1995, p. 25). Assim, como consequência utilizam a lógica, já as factuais, por estudarem os fatos da realidade, são coerentes quando usam a observação e a experimentação para testar suas hipóteses. Podemos destacar que as ciências formais podem demonstrar ou provar, portanto o resultado obtido pode chegar a ser final, já as ciências factuais, que usam a verificação apenas chegam a resultados provisórios. O conhecimento construído segundo esses paradigmas são os chamados “conhecimentos científicos”. Como fato, neste estudo, entendemos quaisquer coisas que existam no espaço e no tempo, assim como suas inter-relações, em virtude das quais uma proposição é verdadeira. Por sua vez fenômeno, que vez por outra é utilizado como sinônimo de fato, consiste no fato segundo a percepção, interpretação que o homem dele fez. Rudio escreve “Os fatos acontecem na realidade, independentemente de haver ou não quem os conheça. Mas, quando existe um observador, a percepção que este tem do fato é que se chama fenômeno.” (2000, p.11) Lakatos (1995, p.89) esclarece que se o fato é a observação empiricamente verificada, a teoria se baseia em fatos e a justaposição deles em um princípio de classificação, se refere a relações entre eles, ou seja, à ordenação significativa desses fatos, consistindo em conceitos, classificações, princípios, leis, regras, teoremas, axiomas etc; teoria e fato são os objetos de estudo dos cientistas e assim o desenvolvimento científico é uma inter-relação constante entre teoria e fato. Sobre a teoria Lakatos (0p. cit. p. 90-93) cita Goode e Hatt que estudaram o papel da teoria em relação aos fatos que estão a seguir esquematizados. A teoria serve: • como orientação para restringir a amplitude dos fatos a serem estudados; • como sistema de conceptualização e de classificação dos fatos; • para resumir sinteticamente o que já se sabe sobre o objeto de estudo através das generalizações empíricas e das inter-relações entre afirmações comprovadas; • para, baseando-se em fatos e relações já conhecidos, prever novos fatos e relações; • para indicar os fatos e as relações que ainda não estão satisfatoriamente explicados e as áreas da realidade que necessitam de pesquisas. Sobre os fatos, por sua vez, continua Lakatos: • um fato novo, uma descoberta, pode provocar o início de uma nova teoria; • os fatos podem acarretar a rejeição ou a reformulação de teorias já existentes; • os fatos redefinem e esclarecem a teoria previamente estabelecida, no sentido de que afirmam em pormenores o que a teoria afirma em termos mais gerais; • os fatos descobertos e analisados pela pesquisa empírica exercem pressão para esclarecer conceitos contidos na teoria; Assim vimos que teoria e fato se integram em função do objetivo primeiro da ciência que é a busca da verdade. A finalidade da atividade científica é a busca da verdade através da comprovação de hipóteses que segundo Lakatos: [...] são pontes entre a observação da realidade e a teoria científica que explica a realidade. O método é o conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser seguindo, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. ( op. Cit., p. 40) Por isto a Ciência vem desenvolvendo e estabelecendo métodos que possibilitem que os resultados alcançados cheguem mais confiavelmente à uma verdade, mesmo que provisória. O método reduz, procura evitar erros de argumentação, erros decorrentes da idiossincrasia. A Ciência está se subdividindo tanto que as especializações estão chegando a extremos tão reduzidamente limitados que estão distanciando os cientistas de uma visão de totalidade das necessidades do ser humano. Edgar Morin (1999, p.10) argumenta que devemos realmente subdividir para conhecer nos mínimos detalhes um determinado fato, mas não devemos parar por aí, é preciso que do mínimo partamos para um processo de complexificação que nos leve novamente a uma visão holística e total para, então novamente voltarmos a simplificar. Segundo Morin, este processo de complexificação e simplificação leva ao aprimoramento do saber e da competência. Morin escreveu: A pré-história da ciência não está morta no fim do século 20. Mas, em toda parte, cada vez mais tende-se a ultrapassar, abrir, englobar as disciplinas, e elas aparecerão, pela ótica da ciência futura como um momento de sua pré-história. Isso não significa que as distinções, as especializações, as competências devam dissolver-se. Isso significa que um princípio federador e organizador deve se impor a eles. ( op.cit., . p.10) Essa ideia de uma só ciência é denominada de consiliência. Agora que os pressupostos para a construção do conhecimento científico foram colocados resta saber se a Universidade, que por excelência é o local onde isto pode e deve se dar de maneira mais eficiente, vem cumprindo o seu papel nesse aspecto. O que se pesquisa? Quem propõe as necessidades e os métodos de análises do experimentos ou argumentos? Os pesquisadores são livres para criarem, se abstraírem e se enveredarem por caminhos ainda obscuros e sem ainda alguma perspectiva de alcançarem resultados que signifiquem retorno financeiro? Não nos parece que assim seja. Tudo segue uma ideologia, que é, como não poderia deixar de ser, a dominante. A busca da verdade é dirigida de forma que não se constate, “descubra” algo que balance as estruturas de poder dos que mantém as rédeas do povo em suas mãos. Paulo Freire (1882, p. 105) critica a pretensa neutralidade da educação e da igreja apontando essa pseudo ideologia como uma arma da classe dominante. Ele alerta para o fato de que elas não são neutras e, portanto, devem atuar para esclarecer o povo acrítico que ele chama de “inocentes”. Como a construção do conhecimento está intimamente relacionada com a educação, a qual é manipulada por vários segmentos sociais como o Estado, a Igreja e o mercado de trabalho a níveis regionais, nacionais e internacionais, não é preciso muito esforço para perceber que ela existe para atender aos interesses desses vetores dominantes. Enquanto a disputa pela tecnologia de ponta segue a nível de segredo de estado, o conhecimento que resulta em menor impacto econômico vem sendo pesquisado nas Universidades brasileiras. O pesquisador não possui liberdade de escolha para definir o objeto de sua pesquisa, e, mesmo com essa deficiência que gera desestímulo, ainda não possui condições para dedicar tempo exclusivo para esse empreendimento porque é professor e precisa cumprir um determinado número de horas aulas, além de ainda estar envolvido com as atividades administrativas da academia. No final, o interesse reduzido, a similitude de centenas de pesquisas levadas a termo ano após ano, a falta real de uma aplicação imediata para os frutos da pesquisa e a falta de condições e recursos para levar a cabo um trabalho de qualidade acarreta simplesmente o enchimento das estantes das prateleiras das bibliotecas com mais e mais monografias e relatórios, que na maioria das vezes não são sequer consultados pelos novos pesquisadores. Observe que tudo isto se refere a professores com doutorado, mestrado ou graduado. Para os estudantes a nível de graduação a realidade é mais cruel ainda. As empresas de tecnologia, multinacionais, usam os recursos intelectuais dos alunos e do corpo docente e os seus tempos para o desenvolvimento de partes de um sistema, para aumentar a qualidade de determinado produto etc. Assim as verbas que elas injetam nessas pesquisas universitárias, irrisórias se comparadas com as destinadas à de tecnologia de ponta, as posicionam na condição de clientes especialíssimos, tão considerados que a Universidade passa a se adaptar aos seus interesses. Como quem nada quer, indiretamente essas empresas vão determinando até mesmo o tipo de currículo que a academia deve impor ao discente de determinada especialidade profissional. Até aí, seria injusto criticar essas empresas, mas o que aqui não se faz é muito mais amplo do que o que se faz. As grandes somas são destinadas às pesquisas em seus laboratórios particulares ou em institutos/universidades de seu país de origem. Comprova-se que nossa ação de produzir conhecimentos é de somenos, é apenas a parte braçal, enquanto que o comando, as ideias, o controle e o domínio do que pode gerar recursos financeiros encontram-se centralizados nos países considerados de primeiro mundo. Com as multinacionais manipulando as Universidades, que paradoxalmente, devido a sua escassez e avidez por recursos, disputam entre si para serem manipuladas, com o sistema educacional vigente que não possibilita a pesquisa não imediatista que é a que normalmente desemboca em produtos ou serviços que se tornam grandes mananciais financeiros; com as restrições financeiras por parte do Estado que não prioriza a tecnologia de ponta nas universidades e ainda por cima define ideologicamente os campos de pesquisas que devem receber algum apoio financeiro não há muito o que se esperar em termos de desenvolvimento deste Brasil que o habilite a entrar para o rol dos países que se enriquecem com o controle e manipulação do conhecimento que gera a tecnologia. Justiça seja feita ao atual governo que acreditou no potencial de análise e pesquisa dos nossos centros de pesquisas e universidades quando deu a eles a tarefa de analisar e decidir sobre qual modelo de Televisão Digital seria mais adequado para suprir as necessidades brasileiras. Eles deram conta da missão. É tudo uma questão político-ideológica, havendo convergência de interesses tudo pode ser feito em termos de domínio das tecnologias existentes e criação de novas, potencial teórico e vontade não é o que falta, o que falta na verdade é uma ideologia que mire o desenvolvimento dentro de uma perspectiva de independência do acesso aos bens e serviços que necessitamos. Se precisamos, se utilizamos, então deveríamos conhecer e saber construir, saber fazer. Precisamos fabricar nosso próprio remédio e não ficarmos na dependência de um fabricante externo. Será que poderemos sempre contar com ele? O futuro é incerto e a melhor maneira de garantirmos nossa soberania é nos libertando das amarras que nos tolhem os movimentos e nos guiam como animais presos em seus cabrestos e puxados por suas rédeas na direção de uma espiga de milho que balança à sua frente, o que precisamos perceber é que jamais alcançaremos essa espiga e que cada vez mais nosso caminhar nos leva para longe do milharal. Apesar da manipulação das empresas, não são elas, segundo Bourdieu e Boltanski o direcionador principal do sistema de ensino que depende “menos diretamente do sistema de produção do que das exigências da reprodução do grupo familiar. (1998, p. 130). Isto não causa estranheza porque, afinal de contas os meios de produção são controlados por segmentos privilegiados da sociedade que procuram se perenizar nessa classificação. Paulo Freire (1989), aponta os cinco passos para a produção do conhecimento como sendo: • Conheça os seus alunos. “Conhecer seus alunos” é saber sobre eles para além de seus nomes, • Não imponha conhecimentos, • Exija argumentos, • Seja democrático e • Seja transdisciplinar. Esses passos também podem e deveriam ser utilizados na universidade porque são atividades sequenciais que levam a produção de um novo saber e os alunos precisam conhecer para poderem construir novos conhecimentos O conhecimento é um instrumento de desenvolvimento que deve ser empregado para que a vida humana se torne mais longa e feliz. Como a vida possui os aspectos físicos e psíquicos não podemos deixar de considerar este segundo segmento como sendo tão importante quanto o primeiro. Para ser feliz é necessário que, antes de qualquer outra coisa haja uma justiça que considere a todos como seres humanos iguais em direitos e deveres. A justiça é o único baluarte onde a paz pode se desenvolver. Como a justiça e a paz que não acontecem sem que haja respeito entre todos os seres vivos podemos escalonar a evolução social partindo do respeito que leva à justiça que resulta em paz e pode, a partir daí, até chegar à felicidade. O conhecimento deve ser um instrumento para que alcancemos esse objetivo. Não podemos deixar de constatar que tudo o que existe e é percebido e manipulado pelo homem, por si só nada faz. É o homem quem faz, seja para seu bem ou não, seja para ao bem do próximo ou não, seja para o mal do próximo ou não. Como Platão, na Apologia de Sócrates – Críton, narra que Sócrates diz que o conhecimento pode ser sinônimo de virtude, porque aquele que preza pela verdade, ou seja pelo conhecimento, teme fazer o mal, não teme mais nada. Afirma ele: “[...] sabes que os maus sempre fazem sempre algum mal aos que vivem mais perto deles, e os bons algum bem, enquanto eu sou tão ignorante que nem sequer sei que, se tornar mau um dos que comigo convivem, me arrisco a receber dele algum mal [...]” (Platão 25 – d). Ou seja, quem conhece sabe que a produção das desigualdades, leva inexoravelmente a reações pouco favoráveis, para não dizer totalmente desfavoráveis. Por isso a analogia entre conhecimento e virtude. Como consequência temos que o conhecimento não pode ser desvinculado da ética, caso contrário, ao invés de um instrumento para a construção do mundo que seria bom para todos, estaremos construindo um paraíso para poucos e um inferno para bilhões. O conhecimento humano, como ferramenta que permite transformar a realidade, pode ser usado para subjugar o próprio homem. Isto é o que aconteceu, acontece e ainda irá acontecer por um bom tempo. A cada nova tecnologia que propiciava a construção de armas de ataque e de defesa mais eficazes ia acontecendo trocas das sociedades dominadoras, dominados se tornavam dominadores como no caso da Grécia que dominava Roma e depois foi subjugada. Os Hicsos, menos numerosos dominaram o poderoso Império Egípcio porque sabiam fabricar armas de ferro e conheciam e domaram os cavalos, ambos desconhecidos dos egípcios. E assim caminha a humanidade, parece plágio, mas é uma constatação de que o homem pouco mudou em milênios. Hoje os países que possuem tecnologia e fabricaram bombas nucleares se impõem e se auto intitulam responsáveis pelo planeta, a ONU é o seu clube. São eles que decidem se algum país possui “ética” e um comportamento dócil às suas técnicas de dominação e controle de todos os meios de produção e matéria prima para poderem ou não pesquisarem essa arma. Em nome da paz e da segurança, ameaçam de todas as formas possíveis para que os que não conhecem continuem sem conhecer, controlam o que eles podem ou não pesquisar, desenvolver, quando as ameaças não dão resultados a invasão é inevitável. Vejam os casos do Afeganistão, Iraque, apoio a revoluções e golpes de estado em quase todos os países das Américas Central e do Sul, boicotes e restrições comerciais diversos, a Criação do Estado de Israel que permitiu a colocação de um braço armado em uma região, o Oriente Médio, que era excessivamente relutante aos interesses dos dominadores. O conhecimento é uma arma que quando não está sendo utilizado para oprimir está guardado a sete chaves e em contínuo processo de aperfeiçoamento, mas contudo, graças a ele a longevidade vem aumentando gradativamente e a qualidade de vida em geral também vem melhorando continuamente, se bem que muito para poucos e um pouquinho para muitos. O conhecimento sobre como ser, sobre si, está defasado em relação ao conhecimento tecnológico, daí as discrepâncias e os fatos beligerantes. Com o desenvolvimento do conhecimento de si mesmo o homem compreenderá que o mal por si só se destrói, veja os exemplos dos impérios sanguinolentos como Roma que se auto destruiu, e o respeito e a igualdade que levam à justiça e à paz e quiçá à felicidade devem ser os estigmas caracterizadores da raça humana. A Universidade deveria se preocupar mais com a formação do cidadão crítico-reflexivo do que com o profissional, embora este aspecto também seja importante, mas não se pode colocar o conhecimento, que pode ser uma arma, nas mãos de sujeitos que não são formados para viver em uma sociedade viva, que funcione como um organismo harmônico que busca o bem estar de todos e não o bem estar individualizado e egoísta. REFERÊNCIAS AURÉLIO, Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Dicionário eletrônico. 2005. Disponível em < http://www.aureliopositivo.com.br/aurelio/default.asp>. Acesso em 03 de setembro de 2006, 10:45 hr. COUTINHO, Maria Tereza da Cunha et CUNHA, Suzana Ezequiel da. Os caminhos da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: PUCMinas, 2004. MORIN, Edgar. A miséria do mundo. 1999 FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. FREIRE, Paulo. Educação como pratica de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. LAKATOS, Eva Maria; Marina de Andrade Marconi. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1995. LUCKESI, Cipriano Carlos. [et al]. Fazer Universidade: Uma proposta metodológica. 9 ed. São Paulo: Cortês, 1997. RUDIO, Franz Victor, Introdução ao projeto de pesquisa científica. 27. ed. São Paulo: Vozes, 2000. BOURDIEU, Pierre; BOLTANSKI, Luc. O diploma e o cargo: relação entre o sistema de produção e o sistema de reprodução. In: BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Petrópolis:Voxes,1998. PLATÃO. A Apologia de Sócrates – Críton. Brasília: UnB, 2000. Postado por ESCRAVOS DA VIDA às 14:26

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A GENTE SE ACHA TANTO.... ver nosso planetinha girando fragilmente no espaço como uma folha ao vento pode nos ajudar a redimensionar nossa grandeza.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O BOBO DA CORTE

ESTE É UM INÍCIO DE UMA SAGA, A SAGA HUMANA QUE FOI CRIADA PELOS "DEUSES" PARA PODER DAR SENTIDO A VIDA DELES, CONVIDO MARCUS E H ELI PARA ESCREVERMOS A SEIS MÃOS OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS. aO MEU VER DARÁ UM GRANDE BESTSELLER E UM FILMAÇO RSRSR RSRSRSR



SER HUMANO
ALEGRIA DOS “DEUSES”

O saguão era enorme, a luminosidade fosca dava a impressão de uma atmosfera surrealista. Ao derredor do amplo platô esférico circundavam sete arquibancadas feitas de um material incorruptível, muito confortáveis, onde os espectadores se acomodavam anatomicamente e tinham uma visão panorâmica do platô.
Os espectadores estavam saciados, saudáveis, e apreciavam o desenrolar da apresentação que se desenvolvia no platô. Tudo era apresentado em três dimensões, as cores eram fielmente reproduzidas, a sonoridade era excelente.
Os espectadores eram pessoas realizadas. Viviam milhares de anos como os conhecemos, sua reprodução era programada, dominavam a ciência e a tecnologia acumulada durante milhões de anos. Podiam destruir uma galáxia num piscar de olhos, podiam manipular os astros para propiciar a formação de planetas habitáveis. Eles eram a nata da civilização, haviam exterminados todos os opositores que apresentavam alguma possibilidade de vencê-los. Eram os donos do universo. Tanto conhecimento, tanta tecnologia, tanta vida interminável, tantos prazeres que foram ficando sem sentido, tantas emoções que foram perdidas visto que para eles nada mais causava admiração, nada mais era surpresa pois, tudo podiam prever em se tratando do seu planeta e das estrelas do universo. Eram deuses? Não, apenas pessoas, conscientes e racionais que atingiram o ápice do conhecimento que os levaram à quase imortalidade e à capacidade de clonar vidas, de criar vidas. Eram muitos, por isto viviam, em diversos planetas.
Em cada nebulosa havia um planeta onde eles se instalavam e podiam se teletransportar para qualquer um deles em questão de segundos, se comunicavam diuturnamente e em tempo real tanto por sua desenvolvida telepatia tanto por seus equipamentos de comunicação visual. Não trabalhavam a não ser estudando, e aprendendo o que fosse ainda desconhecido de alguns, se atualizando e administrando o universo sem desgastes físicos, a própria vontade deles já acionava mecanismos que faziam com que a ação desejada fosse concretizada. Não havia mais animosidades entre eles, não havia disputa por nada, não havia desejos, não havia emoção.
O atores que apareciam no platô eram um tanto parecidos com eles, embora sem as facilidades que as capacidades mentais e intelectuais que eles possuíam, propiciavam. Eram animais comparados a eles, assim como nós vemos os macacos mais parecidos com a gente como sendo a nossa semelhança. Eles possuíam emoções das mais diversas assim como ódio, ciúmes, raiva, amor, apego, saudades, tristezas, alegrias, angústias; sentiam dor, impingiam dor, choravam, gritavam, agrediam, eram agredidos, dominavam uns aos outros e eram dominados.
As imagens tridimensionais eram captadas por meio de sensores de altíssima potência colocados em pontos tão distantes que os atores não tinham a menor condição tecnológica de percebê-los. Assim viviam suas vidas sem terem qualquer noção do monitoramento externo que tudo percebia.
Os espectadores conheciam o processo de geração de vida tanto dos planetas e o colocava em prática de acordo com seus interesses. Um pequeno grupo de 12 espectadores cansados e entediados de tanto ficarem observando animais gigantescos em plantes gigantescos resolveram inovar. A ideia que prevaleceu era a seguinte: criação de um planeta pequeno onde a vida gerada seria algo similar aos próprios espectadores, não clones, mas novos seres vivos similares, biologicamente, ao que eles mesmos foram a muitos milhões de anos passados, desta forma eles poderiam, por meio dos novos primatas, relembrarem de si mesmos no início de suas jornadas e assim poderem valorizar mais o status que ora desfrutavam.
Não foi difícil, em cerca de uma semana como é por nós conhecida, moldaram um planeta e nele provocaram a existência dos elementos químicos necessários para a geração da vida que tinham em mente. O posicionamento do planeta também foi calculado e se chegou a conclusão de que deveria ser o quarto planeta de um sistema solar que não tivesse uma estrela muito grande ou muito irradiante em termos de radiações letais. Isto feito afastaram o excesso de vapores que cobriam o planeta, vapores estes decorrentes do processo inicial da construção. A remoção foi um tanto dramática e brusca e os seres vivos que começavam a surgir naquele ambiente inóspito para o tipo de vida que desejavam registraram esse fato em sua memória coletiva.
De acordo com o planejamento poucos milhões de anos depois surgiram os tão esperados primatas, entranhados na conjuntura do planeta, dele sendo os frutos. As fêmeas, peludas se assemelhavam a um tipo de símio, não eram atraentes aos olhos dos espectadores, mas eles não tinham pressa, afinal tinham todo o tempo do mundo. Outros milhões de anos se passaram e os primatas foram se tornando um pouco mais similares ao perfil físico dos espectadores. Já seria possível até mesmo um cruzamento sexual entre eles e os espectadores.
Entretanto, caso isso ocorresse teria, mesmo para os quase imortais, uma incógnita o resultado genético, os filhos desse relacionamento, por isso ficou determinado que isto não poderia acontecer. Os doze espectadores, responsáveis por esse núcleo do universo, se dividiam em machos e fêmeas, mas suas sexualidades estavam adormecidas visto que a reprodução não utilizava mais o contato físico e seus corpos, pouco material, não atraíam em termos de beleza. O machos, quando viram as fêmeas que surgiam no planeta se ouriçaram. A princípio elas eram por demais desengonçadas e feias no padrão que se referia aos espectadores, mas com o passar das gerações elas foram ficando mais delgadas e isto foi ativando a memória adormecida dos machos espectadores que não resistiram e desceram até a superfície do planeta e tiveram relações com as fêmeas que foram facilmente dominadas apenas com seus olhares hipnóticos.
As consequências não tardaram. Tão poucos, seis apenas, engravidaram centenas. Meses depois os problemas começaram. Muitas fêmeas morreram porque não conseguiram parir suas crias que eram grandes demais para a sua capacidade biológica, outros nasceram mortos, outros viveram e apresentaram as mais diversas formas assim como formas de animais como o touro, cavalo etc. Poucos nasceram mais ou menos parecidos com espectadores. Uns nasceram peludos, outros com poucos pelos, uns pequenos demais, outros grandes demais. Uns claros, outros escuros, outros amarelos, outros azuis. Alguns cresceram demais e se tornaram perigosos para os nativos que se uniram para tentar destruí-los, mas não estavam tendo muito sucesso e os 12 “deuses” precisaram intervir alterando alguns fetos, geneticamente para que nascessem mais fortes e com mais massa cefálica, com capacidade então de, usando a artimanha e a força, derrotar os monstros gerados pelo acasalamento do “deuses” com as mulheres do planeta. Essa intervenção foi feita não por vontade dos doze deuses, mas por determinação superior a eles que haviam desrespeitado a lei geral de não interferência na evolução das espécies que fossem programadas para nascer.
Essa desobediência gerou um grande desgaste com relação aos seus superiores, quer eram os administradores de todo o universo, sendo os conselhos dos 12 que estavam uniformemente distribuídos por todo o finito universo seus agentes para ações mais diretas, mas eles podiam executar ações que não interferissem nos demais setores, pro isto podiam criar planetas e se divertirem com as vidas que eram brotadas de acordo com as características que eles queriam. Afinal esta era a diversão deles.
Por muito pouco eles não acabaram com a vida no planeta. Vendo que a situação estava ficando fora de controle por causa da força imensa e da ousadia e quase invencibilidade dos monstros resultantes da relação deuses-mulheres, e embora em menor intensidade também ocorrera relações entre as deusas e alguns poucos homens que elas acharem dignos de terem contato com elas. A solução encontrada foi inundar o planeta, por isto, separaram alguns homens e mulheres e animais que já estavam um pouco domesticados, colocaram em uma embarcação que determinaram aos homens como fazer, e moveram bruscamente as placas tectônicas gerando assim maremotos que inundaram todo o planeta e produziram chuvas intensas que elevaram por semanas o nível das águas, primeiramente no oriente e depois no ocidente, assim permitiram a existência de pontos isolados que escaparam, das inundações e assim preservaram o restante das espécies animais e vegetais que, após a inundação voltaram a se multiplicar e a se alastrar pela superfície do planeta, se fixando onde as condições climáticas eram mais favoráveis.
Depois dessa destruição catastrófica, aproveitaram para se apresentarem aos sobreviventes tanto os da embarcação, como os que se amontoaram nos poucos pontos que escaparam das inundações, como sendo seu deus que tudo havia criado, inclusive eles, e os coitados acreditaram e temeram. Afinal quem podia provocar inundações como a que eles presenciaram mercê todo o medo do mundo. Agora os deuses poderiam se acomodar em seus assentos em frente ao palco esférico e começarem os jogos que tanto apreciavam. O planeta estava praticamente pronto e os atores já estavam atemorizados o suficiente. Agora teria início a apresentação da tragédia humana.
O planeta estava então com cinco grandes blocos de terra contínuas e em todos eles haviam sobreviventes humanos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PENSAMENTOS AVULSOS

TETRAPHARMAKON (EPICURO)

NÃO SE DEVE TEMER A DEUS
NÃO SE DEVE TEMER A MORTE
A DOR PODE SER CONTROLADA
É POSSÍVEL SER FELIZ

FELIZ É AQUELE QUE DESEJA APENAS O QUE É CAPAZ DE CONSEGUIR

ANTES DE ELEVARES TEU CLAMOR POR JUSTIÇA CERTIFIQUE-SE QUE NADA A ELA DEVES


LEI DE GODOFREDO:
CUIDADO COM O QUE PEDES... POIS PODERÁS CONSEGUIR.

A VERDADE DE CADA UM SEQUER É FORMULADA DE PER SI.

NÃO FOSSE A EXISTÊNCIA DO MAL-MAU SEQUER TERÍAMOS NOÇÃO DA EXISTÊNCIA DO BEM-BOM

A VIDA CONSCIENTE DE SI MESMA NADA MAIS É QUE O FRUTO DA MORTE QUE SE MANTÉM VIVO SE ALIMENTANDO DE VIDAS

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AQUILO QUE É... AQUELE QUE É

AQUILO QUE É

Virgilio Pereira dos Reis – 04 – 08 - 2011

AQULIO QUE É É AQUILO QUE É E SOMENTE AQUILO QUE É. CASO AQUILO QUE É TENHA CONSCIÊNCIA DE QUE É AQUILO QUE É SE TORNA ALGUÉM QUE É, MAS CONTINUA SENDO AQUILO QUE É, APENAS ACRESCIDO DA COSNCIÊNCIA DE SABER QUE É AQUILO QUE É.
UM CORAÇÃO QUE IRRIGA UM CORPO COM O SANGUE APENAS O FAZ PORQUE ELE FAZ PARTE DO CORPO (AQUILO QUE É), DA MESMA FORMA OS PÉS QUE DESLOCAM O CORPO DELE FAZEM PARTE E ASSIM TUDO O QUE COMPÕE AQUILO QUE É SÓ REALIZA ALGUMA FUNÇÃO PORQUE ESTÁ INTEGRADO AO PRÓPRIO CORPO QUE AJUDA A COMPOR.
A FORTIORI A CONSCIÊNCIA DAQUILO QUE É SOMENTE SE MANIFESTA PARA AQUILO QUE É PORQUE FAZ PARTE DAQUILO QUE É.
CONSIDERANDO QUE ALGUÉM É (AQUILO QUE É COM CONSCIÊNCIA DE SI MESMO) PODE-SE ENTENDER QUE A TRANSFORMAÇÃO DE AQUILO QUE É PARA ALGUÉM QUE É, OU SEJA, A CRIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA DE SI NÃO PODE SE MANIFESTAR SEM QUE HAJA OUTROS AQUILO QUE É QUE COM ELE INTERAJA. A INTERAÇÃO GERA A CONSCIÊNCIA DE SI E DO OUTRO.
DIVERSOS AQUILO QUE É SE COMBINAM E ESSA COMBINAÇÃO GERA A CONSCIÊNCIA DO CONJUNTO DE AQUILO QUE É. A INTEREAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS ÓRGÃOS VITAIS DO CORPO HUMANO É QUE PROPICIAM A EXISTÊNCIA DA CONSCIÊNCIA QUE TEMOS.
AQUILO QUE É RECEBE INFLUÊNCIA DE OUTRO AQUILO QUE É, ESSA INFLUÊNCIA PODERÁ SER AGRADÁVEL OU NÃO. SE AGRADÁVEL SERÁ BEM ACOLHIDA E AQUILO QUE É QUE A RECEBEU PROCURARÁ RETÊ-LA; CASO SEJA DESAGRADÁVEL ELA SERÁ REPELIDA. ESSE SENTIR É AGRADÁVEL OU NÃO PARA AQUILO QUE É E ESTÁ RELACINADO AO SOMAR OU SUBTRAIR, SE ALGO AJUDA A FORTALECER AQUILO QUE É SE TORNA AGRADÁVEL, SE VISA ENFRAQUECER, DESAGREGAR, SE LHE PARECE COMO DESAGRADÁVEL. O IMPULSO DE SOMAR É NATURAL EM TODOS OS SEMELHANTES. FORÇAS OPOSTAS PODEM SE ATRAIR, MAS OS ELEMENTOS SIMILARES TENDEM A SE UNIR. DIFICILMENTE SE VÊ POR AÍ UM ÁTOMO DE QUALQUER ELEMENTO QUÍMICO SOZINHO VAGANDO PELO ESPAÇO.
ESSA CARACTERÍSTICA NATURAL DA MATÉRIA DE UNIR SEMELHANTES É O QUE AJUDA A UNIR O QUE FORTALECE E A REPELIR OU EXPELIR O QUE ENFRAQUECE E ESSE UNIR, AGREGAR, REPELIR, EXPELIR É O QUE CRIA A CONSCIÊNIA DO CORPO, DAQUILO QUE É. AS EXPERIÊNCIAS DE ACEITAR E REJEITAR VÃO SE REPETINDO INDEFINIDAMENTE E COM ISTO AQUILO QUE É VAI RETENDO INFORMAÇÕES SOBRE OUTROS AQUILO QUE É E VAI PREPARANDO CADA VEZ MAIS, LENTAMENTE, GRADUALMENTE, MEIOS DE MELHOR APRISIONAR O QUE LHE AGRADA E MAIOR EFICIÊNCIA EM REPELIR, EXPELIR O QUE LHE DESAGRADA. ASSIM VAI SE CRIANDO UMA MEMÓRIA. QUÃO MAIOR É A MEMÓRIA FORMADA MAIOR SERÁ A CONSCIÊNCIA DAQUILO QUE É. O HOMEM E TODOS OS SERES VIVOS POSSUEM CONSCIÊNCIA DE SI, POR PEQUENA QUE SEJA. NÃO É PELO FATO DE NÃO SE COMUNICAREM NA NOSSA LINGUAGEM QUE ELES POSSUEM MEMÓRIAS INFERIORES. CADA ESPÉCIE DESENVOLVE A MEMÓRIA QUE NECESSITA EM VIRTUDE DO MEIO ONDE SE ENCONTRA E DESENVOLVE SEU CICLO VITAL.
DE QUE ADIANTARIA UMA PLANTA FALAR PORTUGUÊS, MEMORIZAR TODO O VOCABULÁRIO SE NÃO CONSEGUISSE “LEMBRAR” O PROCESSO PARA TRANSFORMAR MATÉRIA INORGÂNICA EM ORGÂNICA? ESSE PROCESSO CRIATIVO OCUPA, COM CERTEZA, UMA MEMÓRIA IMENSA PARA OS VEGETAIS.
PODERIA SE DIZER QUE ESSE PROCESSO SE EQUIVALE AO MECANISMO CORPORAL QUE PRODUZ AS CÉLULAS DISTINTAS DE CADA ÓRGÃO DE UM CORPO, A DIFERENÇA ESTÁ NO FATO DE QUE OS VEGETAIS SÃO SERES VIVOS INDEPENDENTES, SÃO INDIVÍDUOS VIVOS QUE POSSUEM ÓRGÃOS DISTINTOS TAMBÉM, LOGO TÊM TUDO PARA TEREM CONSCIÊNCIA DE SI MESMOS, SE A TEM OU NÃO TERÍAMOS QUE CONHECER MELHOR CADA UM DELES.
OU ENTÃO TEREMOS QUE ADMITIR QUE TODO SER VIVO PERTENCE A OUTRO SER VIVO, É UM ÓRGÃO DE UM SER VIVO MAIOR, QUE, NO CASO SERIA O PRÓPRIO PLANETA, QUE POR SUA VEZ SERIA UM ÓRGÃO DA GALÁXIA ETC. ENTÃO PODERÍAMOS ADMITIR A EXISTÊNCIA DE UMA CONSCIÊNCIA DA TERRA, DA GALÁXIA E UMA MAIOR DE TODO O UNIVERSO, ONDE ESTA SERIA UMA COMBINAÇÃO DE TODAS AS DEMAIS. ISTO SERIA DIVAGAÇÃO DEMAIS.
COM ISTO TEMOS QUE TUDO ESTÁ VIVO, TODOS OS AQUILO QUE É ESTÃO VIVOS, AGORA, NEM TODOS ELES POSSUEM, FORMARAM UMA CONSCIÊNCIA CAPAZ DE SABER DE SI E DOS OUTROS, SABER QUE ESTÃO VIVOS; SEREM CAPAZES DE REFLETIR SOBRE A VIDA EM SI. NESSE ASPECTO PARECE SER O HOMEM O ÚNICO SER VIVO QUE SE PREOCUPA EM AFIRMAR QUE ESTÁ VIVO, QUE IRÁ MORRER E ISTO NÃO É NENHUMA GLÓRIA OU PRIVILÉGIO, SÃO APENAS CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA QUE ELE POSSA TER ATITUDES E COMPORTAMENTOS QUE I IDENTIFIQUEM COMO ELE É: SER HUMANO.
O HOMEM PRECISA DESSA CONSCIÊNCIA POSVIDA, ANTEVIDA ETC. OS DEMAIS SERES VIVOS NÃO PRECISAM DISTO, NAS SUAS TAREFAS DIÁRIAS. A ANTUREZA SOMENTE DÁ, FORNECE, POSSIBILITA EXATAMENTE O QUE CADA SER VIVO NECESSITA PARA SOBREVIVER, NADA MAIS E NADA MENOS.
EM SUMA NÃO HÁ NENHUM SER VIVO SUPERIOR OU INFERIOR A OUTRO, ASSIM COMO NÃO HÁ TRABALHADOR MAIS IMPORTANTE QUE OUTRO (EIS PORQUE DEFENDO O SALÁRIO ÚNICO), TODOS SOMOS DIFERENTES, MAS TODOS QUE EXISTEM O FAZEM PORQUE SÃO NECESSÁRIOS AO TODO. TODOS AQUELES QUE SÃO ESTÃO VIVOS EMBORA GRANDE PARTE AINDA NÃO TENHA AINDA FORMADO CONSCIÊNCIA SUFICIENTE PARA QUE ELES MESMOS POSSAM SE CARACTERIZAR COMO ALGUÉM QUE É.
NEM TUDO AQUILO QUE É PODE TER COSNCIÊNCIA DE SI. IMAGINE SE NOSSOS PULMÕES TIVESSEM CONSCIÊNCIA QUE OS TORNASSEM CAPAZES DE ESCOLHER, DE FAZER O QUE DESEJASSEM... ELES PODERIAM ENTRAR EM GREVE RSSR. A CONSCIÊNCIA SOMENTE SE FORMA QUANDO UM AGLOMERADO DE AQUILO QUE É INTERAGE COM OUTROS AQUILO QUE É.
INFERINDO, COLOCA-SE AGORA O ASPECTO REFERENTE A DEUS. SE TUDO AQUILO QUE É ESTÁ VIVO, ESTE IMENSO CORPO QUE OCUPA O UNIVERSO VAZIO (PARCIALMENTE) PROVAVELMENTE TERÁ UMA CONSCIÊNCIA DE SI E ESSA CONSCIÊNCIA PODE INTERVIR NESSE CORPO GIGANTESCO DA MESMA FORMA QUE O HOMEM CORTA AS UNHAS, OS CABELOS, APERTA UM RIM ETC. ENTRETANTO, COMO VIMOS, PARA QUE UMA CONSCIÊNICA SE FORME SERIA PRECISO A EXISTÊNCIA DE OUTROS AQUILO QUE É E NO CASO DO NOSSO UNIVERSO (COMO ENERGIA E MATÉRIA) HAVERIA ENTÃO A NECESSIDADE DA EXISTÊNCIA DE OUTROS UNIVERSOS, FORA DO NOSSO, QUE COM ELE INTERAGISSE. NESTE CASO, A CONSCIÊNCIA QUE SE FORMARIA PODERIA SER CHAMADA DE DEUS, DA MESMA FORAM QUE A NOSSA CONSCIÊNCIA É O DEUS DO NOSSO CORPO. ISTO RESTRINGE OS ATRIBUTOS A DEUS ATRIBUÍDOS.
CONSIDERANDO QUE NÃO EXISTEM OUTROS UNIVERSOS COMO O NOSSO, DISTINTOS ENTRE SI, QUE FOSSEM APENAS UM AGLOMERADO DE AQUILO QUE É NÃO HAVERIA A POSSIBILIDADE DE HAVER A FORMAÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA ÚNICA. ENTRETANTO PERMANECE A POSSIBILIDADE DE SE FORMAREM INÚMERAS CONSCIÊNCIAS. A CONSCIÊNCIA DA TERRA, DA GALÁXIA, DA NEBULOSA, A CONSCIÊNCIA HUMANA.
ESTA ÚLTIMA COLOCAÇÃO ME PARECE SER A MAIS PLAUSÍVEL.
ENTÃO: TUDO ESTÁ VIVO E O UNIVERSO POSSUI INFINITAS CONSCIÊNCIAS PARTICULARES (INCLUINDO A DE CADA HOMEM, DE CADA SER VIVO). A LUTA ENTRE ESTAS CONSCIÊNCIAS NA ETERNA BUSCA DAQUILO QUE LHES FORTALECEM GERA UMA ETERNA COMPETIÇÃO QUE, POR SUA VEZ, FAZ COM QUE A VIDA SE TORNE MENOS MONÓTONA E APÁTICA. É ESSA COMPETIÇÃO QUE GERA A VONTADE DE VIVER, DE VENCER, DE VENCER ATÉ MESMO A MORTE. ESTA COMPETIÇÃO GERA A VIDA DA VIDA, É ELA QUE POSSIBILITA A EXISTÊNCIA DO DINAMISMO MACRO DOS UNIVERSOS.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

NOSSA CONSCIÊNCIA SOBRE O TEMPO

NOSSA CONSCIÊNCIA SOBRE O TEMPO
Virgilio Pereira dos Reis – jul 2011

Acordei. O alarme do telefone tocava. Apertei a tecla soneca que me daria mais dez minutos de sono. Logo em seguida o alarme tocou novamente. Dez minutos se passaram e eu não os percebi. O que houve com o tempo? Por que não o percebi passar?
Se não percebo o tempo implica dizer que sou atemporal? Que sou eterno?
Bem, mais dez minutos se passaram sem que os percebesse, entretanto neste período o sol foi se deslocando, pessoas que estavam acordadas continuaram seus afazeres, os trabalhadores continuaram seus trabalhos.
O tempo continuou existir como duração de fatos que nunca param de acontecer, tenhamos consciência deles ou não.
Mas, para aquele que dorme profundamente é como se sua consciência de si e do mundo tirasse uma folga para se recuperar e permitir que o subconsciente tivesse oportunidade de priorizar os cuidados com o lado interno do corpo.
Enquanto acordados nossa preocupação constante é com o que está fora do nosso corpo, fora de nós. A harmonia que deve haver no lado interno vai ficando descuidada e só nos damos conta dessa desarmonia quando a dor se manifesta, nos infartos, desmaios, dificuldades para ver, ouvir, andar, falar etc.
Então o sono nada mais é do que um mecanismo de defesa do corpo que separa uma parte do dia para que todos os recursos de que dispõe sejam prioritariamente empregados para manter o equilíbrio, a harmonia, o bom funcionamento entre todos os seus órgãos internos. O sono prioriza a saúde.
Enfim, podemos dizer que a duração dos fatos existem independentemente de a percebermos, e se tempo é considerado como a duração de um fato, podemos então afirmar que o tempo é externo a nós, a nossa consciência. Tenhamos ou não consciência de um fato qualquer, a duração do mesmo continuará sendo o tempo que tanto se discute.
Creio que essa polêmica sobre se o tempo é interno ou externo depende do que se entende por tempo. O tempo, grosso modo, é o sintoma que permite definir que um objeto qualquer era de certa forma, estado, etc. e agora mudou, não é mais. Esta mudança não acontece repentinamente, logo a duração que teve para se transformar é o que denominamos tempo.
Na verdade essa versão sobre o tempo ser interno decorre da megalomania humano que acreditava que a terra, centro do universo, foi criada para ser seu lar, que os animais e os vegetais foram criados para suprir suas necessidades etc. Dentro deste enfoque, o tempo que o homem reconhece é aquele que ele percebe, visto que se ele é o ponto alto da criação, o que ele não percebe ou sequer suspeita ou imagina que possa existir não existe.
Duas horas de tortura parecem uma eternidade, mas continuam sendo duas horas. Não? Ser condenado a uma eternidade ou a duas horas de torturas? A resposta é evidente não?

SER DIFERENTE

SER DIFERENTE

VIRGILIO PEREIRA DOS REIS
POSTULADO: “TODO CONGLOMERADO DE ÁTOMOS VIBRANTES, CUJA FREQUÊNCIA GLOBAL RESULTANTE SEJA NULA, NOMEAMOS COMO MATÉRIA ESTÁVEL.” QUANDO A FREQUÊNCIA RESULTANTE FICA DIFERENTE DE ZERO O MATERIAL EM QUESTÃO COMEÇA A SE TRANSFORMAR.
O UNIVERSO ENERGÉTICO, COMO UMA UNIDADE DEFINIDA, TAMBÉM TEM A SUA FREQUÊNCIA RESULTANTE NULA. A MANUTENÇÃO DESTA RESULTANTE NO PATAMAR DE EQUILÍBRIO PROVOCA, DEVIDO AO SEM NÚMERO DE CORPOS INSTÁVEIS EM SEU INTERIOR, UMA GERAÇÃO INCESSANTE DE FORÇAS QUE VISAM MANTER O NULA DA REFERÊNCIA, SEMPRE CONSTANTE. ESSA NULIDADE É UMA CARATERÍSTICA DE SUA ETERNIDADE. ELE NÃO É ETERNO PORQUE SUA RESULTANTE ENERGÉTICA É NULA, MAS SUA RESULTANTE ENERGÉTICA É NULA PORQUE ELE É ETERNO. UMA GERAÇÃO CRIA UMA CORRUPÇÃO E ESSA CORRUPÇÃO É O GERME DE UMA NOVA CRIAÇÃO QUE TRÁS EM SI A SEMENTE DA CORRUPÇÃO QUE CRIA.
O UNIVERSO ENERGÉTICO, POR SER UMA UNIDADE, É EM SUA TOTALIDADE FINAL CONSTITUÍDA, INTEIRAMENTE INSENSÍVEL À QUAISQUER MANIFESTAÇÕES EM SEU INTERIOR. NADA SE MANIFESTA SEM TER UMA CAUSA, UMA RAZÃO, OUM SEJA, UM DESEQUILÍBRIO INTERNO QUE ACARRETE UMA CONTRAFORÇA. A VIDA SE MANIFESTA APENAS NO PERÍODO EM QUE PERDURA O DESEQUILÍBRIO.
O SER HUMANO É FRUTO DESTE DESEQUILÍBRIO. NA FECUNDAÇÃO, DUAS UNIDADES DOTADAS DE INTENSA CONCENTRAÇÃO ENERGÉTICA SE UNEM E SUAS ENERGIAS TENDEM A SE SOMAR E SE COMBINAM DE MANEIRA SINERGÉTICA AMPLIANDO SEU POTENCIAL ENERGÉTICO; MAS JUNTAS, NÃO SUPORTAM A ENORME QUANTIDADE DE ENERGIA DENTRO DE SEUS LIMITES FÍSICOS, POIS NA UNIÃO, SURGE UMA PARTE DA MEMBRANA QUE NÃO POSSUI A MESMA RESISTIVIDADE, CAPAZ DE CONTER TODO O POTENCIAL INTERNO, E, POR OSMOSE, PARTÍCULAS PASSAM PARA O LADO EXTERNO NA TENTATIVA DE VEDAR E ENRIJECER A PARTE MAIS FRACA DA MEMBRANA.
AS REAÇÕES FÍSICOQUÍMICAS, TANTO AS INTERNAS COMO AS EXTERNAS, E AS CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS, PRÓPRIAS DO POTENCIAL ENERGÉTICO FORMADO PELAS DUAS UNIDADES PRIMITIVAS, FAZEM COM QUE RUPTURAS SURJAM NAS ESTRUTURAS MAIS CONSISTENTES, PROVOCANDO UMA EXPANSÃO PROGRAMADA PELAS SUAS CARACTERÍSTICAS INTRÍNSECAS. ESTA EXPANSÃO REPRESENTA O CRESCIMENTO DE UM NOVO CORPO HUMANO.
À PARTE DESTE RACIOCÍNIO, COMO É HABITUAL, SEMPRE SE RETORNA AOS PONTOS CENTRAIS DO PENSAMENTO OBJETIVISTA QUE SÃO:
 A VIDA DE UM SER HUMANO PROSSEGUE APÓS A MORTE DO SEU CORPO FÍSICO?
 COMO SURGIU O UNIVERSO E O PRIMEIRO DESEQUILÍBRIO GERADOR DA VIDA?

VAMOS NOS ATER AO PRIMEIRO PONTO. A VIDA CESSA COM O TÉMINO DO DESEQUILÍBRIO. A UNIÃO DO ÓVULO COM O ESPERMATOZÓIDE PROVOCA O DESNIVELAMENTO INICIAL, E, A SEPULTURA, A INCINERAÇÃO OU O QUE QUER QUE SE FAÇA COM O CORPO INERTE É O MARCO FINAL DO CICLO.
O SER HUMANO, EM SUA MAIORIA, PROVOCA, POR SUA VEZ, DESEQUILÍBRIOS NAS REPRODUÇÕES, E, E, ASSIM SENDO, SE O CICLO TERMINAR COM A MORTE DO CORPO FÍSICO OS FILHOS PERPETUARÃO O DESEQUILÍBRIO INICIAL, E, PODE-SE ENTÃO DIZER QUE OS PAIS VIVEM NOS FILHOS, NOS NETOS E ASSIM SUCESSIVAMENTE.
OS FILHOS, NORMALMENTE, POSSUEM DETERMINADAS SEMELHANÇAS COM OS PAIS, MAS, COMO TAMBÉM SOMOS FILHOS, SABEMOS QUE NOSSOS PAIS NÃO VIVEM EM NÓS SENÃO PELA MANEIRA IDEOLÓGICA COM QUE NOS CRIOU, EM SUMA A IDEOLOGIA PATERNA PODER PROSSEGUIR NOS FILHOS, MAS OS PAIS, SUA CONSCIÊNCIA E IDIVIDUALIDADES NÃO SOMOS PORTANTO, UM DESEQUILÍBRIO INDIVIDUALIZADO.
DA MESMA FORMA, O CORPO PODERÁ ALIMENTAR OS PEIXES, NUTRIR AS PLANTAS E, NEM POR ISTO VIVEREMOS NAS PLANTAS OU NOS ANIMAIS. ISTO NOS LEVA A ACREDITAR QUE NOSSO CORPO FÍSICO NADA TEM A VER CONOSCO. PODE-SE ASSIM DIVIDIR O HOMEM EM DUAS PARTES DISTINTAS: A FÍSICA E A ABSTRATA. A FÍSICA É DESCARTÁVEL E A ABSTRATA DESCONHECIDA.


MANAUS 21 DE OUTUBRO DE 1987